quinta-feira, 9 de outubro de 2008

09 de outubro: Dia Mundial da Visão


Uma das mais importantes metas da Associação Internacional de Clubes de Lions, através de sua Fundação, o combate à cegueira, repto lançado por Helen Keller, tem seu dia comemorado a 09 de outubro de cada ano.
Transcrevo o depoimento do Companheiro Sérgio Sória, postado no Aplions. É a melhor homenagem a este dia e ao trabalho voluntário que os Leões do mundo inteiro fazem a favor da saúde visual.

Caros confrades e confreiras, bom dia!

Hoje é um dia muito especial para todos os LIONS CLUBES no mundo: é o DIA MUNDIAL DA VISÃO.

O LIONS abraçou esta luta contra a cegueira há vários anos e os resultados de suas campanhas são fantásticos; tanto no número de pacientes tratados como no resultado prático e na melhora da qualidade de vida das pessoas.

As campanhas de cirurgias de catarata mundo afora restabelecem a visão e fazem com que os médicos e os CCLL e DDMM ganhem o melhor pagamento possível: um sorriso seguido de uma lágrima de emoção.

Para ilustrar, conto pra vocês uma história que sempre me emociona quando a lembro:

"Fiz um estágio de oftalmologia na cidade de MACAPÁ, no AMAPÁ, há alguns anos. Eu e meu colega atendíamos vários pacientes 4 dias na semana e operávamos 1 dia por semana.

O dia mais marcante lá (e em toda minha "vida oftalmológica") foi quando um paciente índio bem magrinho segurou meu colega no colo e pulava, sorria, gritava emocionadamente.

A história deste índio (cujo nome não lembro) era a seguinte: ele morava na mata sozinho e era surdo. Portanto, já privado de um dos sentidos, vivia isolado. O seu único contato era um índio amigo que morava também sozinho, há uns 3km de distância.

Este, um belo dia, observou que fazia mais de uma semana que não via o amigo e resolveu ir à sua oca, onde encontrou o amigo chorando e caído no chão. Ele estava desnutrido, porque sua catarata havia aumentado, e ele não conseguia enxergar para caçar/pescar seu alimento e não tinha voz para clamar por auxílio.

O amigo o levou ao hospital, foi restabelecido o estado nutricional e encaminhado ao oftalmo. Quem o atendeu, foi o meu colega. Foi feita anestesia geral e usado um tampão por 24h, ou seja, logo após a cirurgia ele continuou "cego".

No dia seguinte, fez-se a avaliação do pós-operatório. Ao tirar o tampão, este índio começou a sorrir, a chorar, a pular, a gritar (um som gutural que os surdos conseguem produzir) e o resto vocês já sabem... pegou meu amigo no colo e todos que estavam lá choraram. Ele voltara a enxergar.

São essas lágrimas que fazem com que continuemos nosso trabalho. Portanto, amigos, vocês que têm o privilégio de ler (enxergar) as palavras desta mensagem, valorizem sua visão e continuem ajudando a quem precisa.

Um fraternal abraço a todos!

CL SÉRGIO SÓRIA / LC TOLEDO / DISTRITO LD"

Emocionante, não? Mais ainda quando nos lembramos do êxito das Campanhas Sight First e Sight First II.

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